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1917
No mundo cinematográfico de hoje, principalmente em 2019, onde o cinema foi presenteado com mais surpresas boas do que ruins, está difícil filmar algo que seja de fato, inovador, algo jamais visto nas “telonas”. As pessoas falam como se o tão comentado “plano-sequência” fosse inovador, mas já é uma técnica bastante usada no cinema. Entretanto, nenhum “plano-sequencia” é igual a estre trabalho.
O longa é cheio de truques que nos mostra onde os planos são mudados, mesmo assim, existem as mais longas sequências da história do cinema. Um dos maiores medos é de que tal técnica fique, em algum momento monótono, mas esse não é uma realidade no filme.
Não podemos deixar de perceber algumas semelhanças com o último trabalho de Nolan: “Dunkirk” que era, até então, a maior imersão da guerra que já havíamos contemplado, entretanto esse filme desbanca Nolan em quase todos os sentidos, e o imita na trilha sonora (a técnica do relógio) minha única reclamação é a ausência do IMAX. Tal trabalho e tanto produção não poderiam ter deixado de lado essa tecnologia. É como pintar “Mona Lisa” em uma folha de caderno.
O roteiro é simples, segue todos os passos para um bom roteiro, mas não é o ponto mais fortes, as atuações (a melhor seleção britânica que já assisti) são escolhidos a dedo e formam uma excelente equipe com belas atuações, principalmente seu protagonista e coadjuvante que curiosamente parecem mudar de cargo ao longo do filme.
O que falar da produção? Uma das mais belas que eu já vi! Não há defeitos, só perfeição. A forma como as trincheiras são retratadas é a mais fiel possível. Como a base Alemã era mais robusta e bem preparada que a inglesa são muito bem retratadas.
Por último, meu maior elogio vai para a direção de ‘Sam Mendes’ que entrega um trabalho do coração e nos presenteia com uma das melhores experiências cinematográficas dos últimos tempos. Fotografia, cuidado em filmar e nos mostrar até o mais “escondido” dos figurantes, lá no fundo da tela, com perfeição e rico em detalhes. ‘1917’ é uma grande resposta para as produtoras de “streamings” sobre como produzir, filmar, vender e transmitir a verdadeira e incomparável arte do cinema.
Joinhas:
4
Por:
@eduardomontarroyos1
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