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Barbie

Finalmente contemplamos o tão aguardado filme da “Barbie”. Quando o longa foi anunciado já começaram as expectativas em torno do elenco, afinal temos nada mais, nada menos que “Margot Robbie” no papel da icônica boneca, Ryan Gosling como o “Ken” e tudo isso com a direção de “Greta Gerwig”, ou seja, com esse trio absurdo, o que poderia dar errado? Pois é, esse é o problema, não é que algo tenha saído totalmente do que foi planejado, o problema é, mais uma vez, a expectativa exagerada.

Todo o filme que acelera a expectativa do público deve propor algo diferente, e este prometeu uma “grande revolução”, algo que iria sair dos padrões das adaptações comuns, algo diferente, todos que assistiram as sessões testes ficaram admirados e alertaram para nos prepararmos. A própria Robbie disse que o roteiro era revolucionário. Mas o filme é só “um filme comum”, com alguns diálogos sociais e com um final “ok”, somente isso. Algo que visivelmente não está nos cinemas para “fazer revolução”, é apenas uma marca comercial. Podem baixar as suas expectativas!

Preciso exaltar as atuações, pelo menos isso salva algumas partes do filme. Gosling encontrou o papel da sua vida. Ele finalmente ousa num papel completamente fora de sua zona de conforto, e Robbie é tão perfeita para o papel como “Cillian Murphy” nasceu para interpretar “Oppenheimer”, talvez essa seja a única semelhança entre os dois filmes.

Acreditem se quiser: O grande vilão do filme é o “patriarcado”, todos os problemas que a “Barbie” encontra em “nosso mundo” é o sistema onde o homem é o chefe da família. Só que mais uma vez temos a tentativa de “Hollywood” promover o “patriarcado” exaltando apenas os seus pontos negativos, como machismo e abuso de poder por parte dos homens. Por outro lado, temos a “Barbieland”, no qual é apresentado como o “mundo perfeito” pois é governado pelas mulheres. Eu entendo que o filme tenta ser uma descoberta, também para o personagem do “Ken” a fim de que ele seja de fato, independente, mas ainda sim é nítida a “lacração” feminista que o filme possui.

CUIDADO, SPOILERS NESTE PARÁGRAFO: Mas aí está a grande contradição em seu roteiro, se o mundo real é tão “horrível”, por que a nossa protagonista escolhe viver nele? Se o mundo governado pelas mulheres é tão perfeito, por que a Barbie escolhe morar no mundo real? O longa é uma “salada de frutas” de polêmicas sociais e o resultado de tudo isso é uma grande contradição, a tentativa de “revolução” resultou num filme bem mediano.

Joinhas:

2

Por:

@eduardomontarroyos1

.0 / 5.0

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