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Campeões
“Campeões”, uma adaptação do filme espanhol de 2018 ganha a sua versão americana este ano. O longa é aquele adorável filme “Sessão da tarde” que irá marcar todos que assistirem. Marcus (Woody Harrelson) é um técnico de basquete de uma liga secundária que, após uma série de erros em seu trabalho, é ordenado pelo tribunal a gerenciar um time de jogadores com algum tipo de deficiência intelectual. Apesar de suas dúvidas e medos iniciais, Marcus logo percebe que juntos eles podem levar esse time ao mais longe que já se imaginou, realizando o grande sonho dos jogadores.
O longa conta com boas e carismáticas atuações. Desde o início nos identificamos com os personagens. Harrelson não sai muito do que costuma fazer, é um ótimo ator para filmes de drama e costuma entregar muito em todo trabalho que faz. Mas o grande destaque são os ‘nossos jogadores’. O carisma de cada um deles é apresentado em seu cotidiano. De cara nos identificamos com todos eles. Os mais diversos tipos de comorbidades são apresentadas no filme e todos são incluídos de uma forma maestral.
Apresentamos apenas um problema na estrutura de como a história é apresentada. Existe um bom primeiro ato, algo bem perto do padrão dos filmes deste gênero, convence e compramos a história. Seu segundo ato nos empolga mais ainda pois contemplamos uma boa história de redenção. Porém o seu terceiro ato é tão longo que podemos até criar um quarto sem nenhuma dificuldade. O longa demora muito para encontrar uma boa conclusão. E quando chegamos no final não existe aquele fechamento magnífico, é apenas um corte, quase seco. Faltou pensar numa melhor distribuição de atos.
Entretanto, a “Disney” deveria aprender com esta produção no sentido de incluir pessoas com diversas comorbidades, já que o seu live-action de “A Branca de Neve” não contará com os sete anos pois, segundo eles, isso denigriria as pessoas com nanismo. Mas ninguém contou que sete pessoas com nanismo não terão mais a oportunidade de “brilhar” nas telas de cinema, ou até construir uma carreira em “Hollywood”. É uma pena! Decisões como essa acabam excluindo muito mais que incluindo. O verdadeiro oposto de “Campeões” filme maduro que fará famílias se emocionarem.
Joinhas:
3
Por:
@eduardomontarroyos1
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