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Dark - 3ª Temporada

Ninguém imaginaria que ao sair da sala de cinema no dia 13 de julho de 1990 após a conclusão da trilogia: “De volta para o futuro” outro filme ou obra desta temática iria impactar tanto quanto ou seria melhor que a mesma.

Temos a tendência em achar que alguma obra será insuperável. A mesma sensação é bem visível em filmes como “2001”, “Interstelar”, “1984”, “Matrix”, “A Origem”, filmes que expandem a nossa mente e encantaram gerações. A beleza do talento: criatividade está em constantemente podermos nos surpreender com obras melhores e sempre mais profundas. Um desses grandes exemplos é a última e inesquecível temporada de “Dark”.

Entendam! Uma obra dessas não é em sua totalidade original: Usando um pouco a lógica da série, ela precisou de todas essas obras de ficção anteriores, teorias quânticas, artigos, palestras, estudos e suposições físicas para ser o que é hoje, dificultando um pouco em sabermos qual a origem, a primeira obra, a primeira ideia, a fagulha que puxou todo o resto para finalmente chegarmos até esse momento. É sobre isso e muito mais que é apresentado neste último ano.

Os atores estão muito comprometidos, ninguém querendo “brilhar” mais do que o outro, todos conscientes de que fazem parte de um todo muito complexo e depositam sua total confiança no ‘showrunner’ Baran Bo Odar no qual cumpre o que promete ao nos entregar um roteiro perfeitamente amarrado e só deixando as pontas soltas que ele propositalmente quis deixar. E nítido perceber isso nos diálogos, algo não foi deixado para trás pois caiu no esquecimento como acontece na maioria dos “furos”, isso as próprias situações nos provam. Nos é apresentado um conceito de ‘multiverso’ que bastante desenvolvido de indispensável para a trama como um todo.

A produção está toda comprometida, a trilha faz o seu papel na hora certa, algo diferente de sua primeira temporada, e os oitos e longos episódios foram muitos satisfatórios para encerrar todos os arcos. A grande tensão que os fãs tinham de que talvez não desse tempo desses arcos serem concluídos pode ser sanada com um roteiro invejável no qual qualquer ‘showhunner’ inteligente gostaria de ganhar de presente.

Esta última temporada é uma performance bem ensaiada, uma aula bem planejada, uma apresentação de tese que deu certo, uma construção bem fundamentada, um plano bem executado, uma pintura bem trabalhada, uma cirurgia bem liderada, enfim até os defeitos foram planejados. “Dark” é lágrima de alegria que derramamos num ano em que tantas de tristeza rolaram.

Joinhas:

5

Por:

@eduardomontarroyos1

.0 / 5.0

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