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Mulher Maravilha 1984

É difícil conciliar a dualidade entre o crítico e o fã, principalmente quando é do gênero “herói”. E mais ainda, quando estamos falando sobre a Mulher-Maravilha, a maior heroína da história do cinema, até então. Mas não tem jeito, quando o assunto é: Crítica, precisamos falar de fatos e colocar a “cartas na mesa”. Avançando para a década de 1980, a próxima aventura da Mulher-Maravilha nos cinemas a coloca frente a dois novos inimigos: Max Lord e Mulher-Leopardo.

Esta nova aventura é uma clara continuação do primeiro longa, sem nenhuma ligação com os eventos do “Universo DC”, ou seja, saindo de qualquer polêmica que envolva esta complicada série de filmes no cinema. Leveza, certeza e boas camadas em seus personagens estão bastante presentes. A primeira cena é simplesmente de “tirar o fôlego”, filmada praticamente toda em IMAX no melhor estilo ‘Nolan’ e ‘Snyder’.

O longa possui dois problemas que sou praticamente impedido evitar: Existe um exagero plausível de ‘investimento de produção’ em algumas cenas e uma economia gritante em outras. Como se, no final (logo nas batalhas FINAIS), a pós-produção tivesse “perdido o ânimo”, o CGI escuro e troca de câmeras confusas (e propositais) estampam a falta de investimento na fisionomia da tão esperada vilã, ou seja, a confusão que vemos no trailer é o que está no filme, infelizmente.

Outro problema encontra-se na exagerada e duradoura carga dramática que o filme nos apresenta. Não que ela não seja necessária, em muitas situações nos arrancam até lágrimas. Entretanto, “o meu crítico interior me obriga” a relatar que muito enchimento de “barriga” nos é apresentado. O longa possui duas horas e meia de duração, entretanto esta narrativa poderia ter sido bem mais enxuta, principalmente em todo o segundo e investigativo ato. Parece até que ‘Jenkins’ herdou o fio narrativo demorado de ‘Zack Snyder’.

Entretanto, está tudo lá: Cores, ação, tramas bem boladas, um final emocionante, boa direção e muito amor sendo exposto em tela. O ponto mais alto de todo o “Projeto MM84” encontra-se na personalidade de sua protagonista: Ela é a verdadeira heroína, uma mulher de verdade! Forte, mas sensível, bruta ou delicada nos momentos certos, ela ri, mas chora bastante quando está realmente triste, ela é uma mulher que não perde o seu maior poder, e esse todas elas possuem: Sua incomparável e insubstituível feminilidade. Algo que o “Feminismo” masculiniza de forma brutal! Mas não estamos prontos para ter esta conversa.

Joinhas:

3

Por:

@eduardomontarroyos1

.0 / 5.0

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