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Oppenheimer

Podem me chamar de “Babão de Nolan” mas em matéria de cinema ele é um dos grandes nomes da atualidade. Desde a “trilogia Batman”, trabalho que o consagrou e também lhe trouxe uma enorme popularidade, o diretor nos apresenta trabalhos cada vez mais originais. É claro que como todos, tem seus “altos e baixos”, mas é inegável seu amor pelo cinema. Mais uma vez temos um trabalho que perde todo o seu sentido caso não seja contemplado no cinema.

“Oppenheimer” é denso e possui muitas explicações, seguida de muitas situações inesperadas. Assim como “Interestelar” pequenos problemas são levantados em suas sub tramas e rapidamente precisam ser resolvidos. Diálogos sobre física nuclear são apresentados fazendo com que todo “leigo” precise assistir esse trabalho um pouco mais de uma vez, para pegar todas as referências, apesar do diálogo massivo do roteiro a fim de explicar tudo o que está acontecendo.

Esse é o papel da vida de “Cillian Murphy”, não tem como o ator ser ignorado no Oscar. A forma como contemplamos os dilemas e traumas do personagem tornam tudo mais maximizado. Os efeitos das explosões são catastróficos, mas o que nos é passado são esses efeitos na mente do seu criador. Robert Downey Jr. também “dá um show” de atuação e caracterização. Temos um elenco pra lá de completo: Matt Damon, Emily Blunt, a volta de Josh Hartnett, e também com algumas surpresas que só fazem exaltar a construção didática do roteiro.

Não podemos deixar de destacar o grande defeito de Nolan, esse o acompanha em todos os seus filmes: Dificuldade em desenvolver personagens. Entretanto, conhecendo sua fraqueza, percebo que nesse trabalho o diretor procurou focar esse “desenvolvimento” em poucos personagens. Creio que o protagonista é muito bem desenvolvido, sua esposa Kitty (Blunt) tem algumas cenas fortes e Lewis (Downey Jr.) também não fica para trás. Focar em poucos personagens e desenvolver apenas esses foi uma “jogada de mestre”.

“Oppenheimer” é um filme digno do ingresso de todos, na sala mais cara, se possível em IMAX. Sua forma de contar a conturbada história desse cientista nos é apresentado de forma pomposa, repleta de classe e o charme que os filmes do Nolan sabem fazer muito bem. Mas não se esqueça, é preciso ir ao cinema com bastante disposição e sem sono, porque o que temos aqui é literalmente um livro sendo escancarado na tela para que você leia procurando entender o que conseguir.

Joinhas:

4

Por:

@eduardomontarroyos1

.0 / 5.0

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