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Ozark - 3ª Temporada
Quando o consultor financeiro Marty Bird (Jason Bateman) se muda para os arredores do lago de Ozark com sua esposa Wendy (Laura Linney), eles descobrem um lado sombrio e selvagem do capitalismo. Pois naquela parte do estado do Missouri, o que dá futuro é a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Terapia de casal: essa é a tônica de boa parte da terceira e nova temporada de Ozark. Durante boa parte dos episódios, vemos Marty e Wendy Byrde, vividos pelos impecáveis Jason Bateman e Laura Linney, “discutindo a relação” em frente à terapeuta e discordando do curso das atividades criminosas. Seu elenco é de fazer inveja, e pela primeira vez temos uma temporada que não “enrola” no roteiro, todas as suas tramas e subtramas são muito bem contadas.
Existem apenas alguns exageros que nos forçam a torcer para que inevitáveis situações aconteçam. Pro exemplo, o Ben (para quem já viu esta temporada): Entendemos sua bipolaridade, mas o nono episódio o personagem força um pouco a barra para gerar tensão e drama na personagem da Wendy. A falta de diálogos em momentos propícios desperdiça o encontro de personagens que estavam sendo esperados a muitos anos como Marty e o chefão do narcotráfico. Todos esses exageros, ou falta deles em horas de maior tensão nos explicam como uma série tão profunda está na “série B” da atualidade. Não conheço muitas pessoas que assistem “Ozark”, mas é bem propício que a mesma seja renovada pois teve uma ótima recepção nos Estados Unidos.
Apesar de todos os excessos e faltas “Ozark” renova as suas forças nesta terceira temporada, nos mostra que existe muito a ser desenvolvido e que pode mostrar algo mais profundo nos próximos anos. Não é uma série de grandes expectativas, mas nos prende a cada episódio e nos deixa curioso pelo próximo, a ponto de terminarmos a temporada satisfeitos e impactados ao mesmo tempo (sua última cena é chocante). Tudo isso já é bom. Não é ótimo, mas é bom.
Joinhas:
4
Por:
@eduardomontarroyos
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