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Tick, Tick...Boom!
Em minha opinião musicais eram para sempre serem grandiosos e repletos de muitos investimentos, seguido de muitas coreografias e sincronismo, tudo no melhor estilo “Moulin Rouge” ou “La la land”. Mas devo entender e me conter com o fato de que musicais biográficos devem caminhar por uma outra vertente, principalmente quando se trata da vida de um dos maiores autores da Broadway, o inconfundível ‘Jonathan Larson’, um dos autores mais brilhantes da história dos palcos norte-americanos.
“Andrew Garfield” nos entrega uma atuação muito convincente. Seu lado artístico para musicais nunca havia sido relevado e tornou-se uma grande surpresa ao ver atuando e cantando. De fato Garfield é um dos artistas mais completos de ‘Hollywood’ atualmente e está começando a se tornar um injustiçado por ainda nunca ter levado um Oscar.
Um dos pontos mais altos desta trama está na escola de ‘cast’ pois priorizou coadjuvantes com uma vasta experiência em musicais, isso torna tudo mais fluido. Falando de fluidez, o longa também nos fornece passagens suaves entre as músicas e as atuações faladas, isso é muito difícil de conquistar. Também temos um roteiro dinâmico e muito bem pesado onde divide o filme em três momentos simultâneos, esses momentos são muito bem identificados e tudo isso faz um musical de duas horas “passar voando”.
“Lin-Manuel Miranda” faz uma excelente estreia na direção de “Tick, Tick...Boom!”, ele que conhecia de perto a trajetória de Larson, nos presenteia com uma excelente homenagem retratando seu amigo sempre com um sorriso no rosto e também com uma linda mensagem de nunca desistirmos dos nossos sonhos e ainda brilha ao retratar o árduo caminho para um artista alcançar o sucesso.
Joinhas:
3
Por:
@eduardomontarroyos
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