O filme é dirigido por ninguém menos que Clint Eastwood. De acordo com Wallace Andrioli, em sua crítica acerca do filme, Clint está se tornando um cronista dos valores norte-americanos, pois “tece estudos sobre elementos que movem a sociedade de seus país e como eles fazem a população reagir aos seus mitos. Portanto esses mitos são descontruídos ou reafirmados ao longo da filmografia do diretor” (Sniper Americano é exemplo disso). Isso é possível ver quando Scruggs tem remorso em ter escrito a publicação que pretende incriminar Jewell. Se tratando da jornalista, acredito que Eastwood perde a mão ao tratá-la como uma mulher que faz de tudo para ter o furo da notícia, mas tal atitude foi clichê da parte do diretor, mesmo sabendo do papel destrutivo que a mídia impõe. O diretor também faz questão em deixar claro que após o resultado do julgamento de Jewell e a confirmação da sentença de inocente haverão marcas que ficarão para sempre na vida da família do segurança. A mãe de Jewell remete ao espectador um apelo emocional forte, pois é uma senhora que passa a viver sentimentos entre o céu e o inferno. Sugiro assistir este bom filme.